É fato que a eclosão do iluminismo no século XVIII e a
Revolução Francesa (que acontece na mesma época) estão estritamente
relacionadas. Os princípios iluministas guiavam os franceses na busca pelos
seus direitos fundamentais e os ensinava, pela primeira vez, a questionar o pensamento
medieval o qual era propagado naquela época, o teocentrismo. A forma como eram
retratados os problemas individuais e conjunturais naquela época se resumiam “a
vontade Divina”, não havia concordância entre causa e conseqüência e isso
ajudava muito o governo e a igreja a fazerem da população massa de manobra. É
interessante destacar que esse é um pensamento que surge nas classes mais altas
da burguesia francesa, mas que, rapidamente se populariza por todos os níveis
da pirâmide social daquela época (inclusive dentro da própria nobreza). Todos
seus maiores idealizadores tiveram acesso a educação e qualidade de vida, o que
foi indispensável para o sucesso da reflexão. Mas é certo que, além de educação
faltava muita coisa. A falta de alimento, abrigo, saúde e trabalho eram o foco
das queixas da população e os ideais iluministas foram a luz no fim do túnel,
com a popularização daqueles pensamentos por toda França, o inverno rigoroso
daquele ano e o governo desastroso e cheios de gasto de Luís XVI era certo que,
agora, a população não sairia perdendo. Em suas obras, os iluministas transitavam
em assuntos que iam desde Direitos do Homem até forma de governo e opiniões políticas,
e isso começava a inspirar uma população que pela primeira vez pensavam por si
próprios, se aprofundavam em questões políticas, fraudes, apreciavam a mídia
socialista (afinal, só a partir daí tiveram seu direito de imprensa garantido)
e que, acima de tudo, estavam sedentos por mudança. Mudança esta, que
precisavam acontecer rápido.
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